13 de maio de 2012

Homenagem a todas as mães: Monica - A mãe do teólogo Agostinho de Hipona

Para ao menos lembrar o dia das mães, não deixando passar essa data secular tão comemorada, lembro aqui de uma mulher guerreira, uma mãe piedosa, que tanto cuidou, educou e orou pelo seu filho, um filho polêmico, mas também uma pessoa extremamente inteligente, um dos maiores teólogos e responsável por abordar assuntos essências da vida de um cristão!

Confesso aos irmãos que sempre que leio a história dessa mãe, me emociono! É uma grande história de vida, cheia de esperança, perseverança e um imenso cuidado de uma mãe!

Mônica nasceu no ano de 332 e  foi a mãe do nosso grande Agostinho, mas quem foi Agostinho?

Breve resumo[1]:

O mais profundo filósofo da era patrística e um dos maiores gênios teológicos de todos os tempos foi Santo Agostinho (354-430), cuja influência plasmou a Idade Média.

Como estudante, vivia desregradamente. Contraiu uma ligação – que iria durar até 384, e da qual teve um filho, Adeodato. Em 374, lendo o Hortensius, de Cícero, sentiu-se atraído por uma vida menos sensual e mais dedicada à busca da verdade. Passou a freqüentar as lições dos maniqueus, que lhe pareciam propor a autêntica forma de cristianismo, em oposição à doutrina da Igreja, “uma história de velhas”.

De 375 a 383 estabeleceu-se em Cartago, como professor de eloqüência, e daí por diante obteve exercer a mesma função do outro lado do mar, em Milão. Já o inquietavam agora fortes dúvidas sobre a verdade do maniqueísmo.

Em Milão, travou conhecimento com o neoplatonismo. Ao mesmo tempo ouvia regularmente os sermões de santo Ambrosio, onde percebia um catolicismo mais sublime do que o imaginado, e lia são Paulo. Um dia, julgando ouvir a voz de uma criança: “Tolle, lege”, abriu ao acaso as Epístolas de são Paulo, que tinha ao lado e passou a sentir que “todas as trevas da dúvida se dissipavam”. Fez-se batizar no sábado santo de 387, com seu filho e com seu amigo Alípio. 
Sobre Mônica 

A Guerreira Mônica, mãe de Agostinho, nascida em 331 d.C., em Tagaste, na África.

Encontramos as seguintes curiosidades, entre elas, grandes qualidades de uma mãe:



                    Lutava sempre pela pureza da fé e  pela santidade de  vida;

                   Grande foi a sua caridade  para com os pobres;


                 Sabendo que era difícil conservar-se na graça de Deus, evitava  os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas e desprezava as  exigências e extravagâncias da moda; 



               Os pais casaram-na  com um cidadão de  Tagaste (sua cidade natal), na África, de nome Patrício, que era filho de  família ilustre, mas pobre, pagão e  homem de sentimentos  rudes. O caráter  indômito e violento do marido era para a esposa uma fonte de sofrimentos e  provações,  as mais duras; 

              Longe de  se  queixar ou prestar ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias  no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença. Deus recompensou esta dedicação, tendo Mônica à satisfação de ver a conversão do marido;

              Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e uma filha Perpétua,  que se fez  religiosa.  O mais velho, Agostinho,  causou grandes amarguras  à mãe, até que enfim,  pela conversão e completa  mudança de vida, se lhe tornou uma  glória;

              Mônica procurou acompanhar seu filho problemático em sua jornada pela busca de conhecimento e  teve o consolo de ouvir de Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 Agostinho, o filho dele Adeodato e  o amigo Alípio receberam o Batismo; 

              Agostinho quando resolveu voltar com a mãe para a África, chegando a Ostia, disse-lhe ela:  "Vendo-te hoje cristão, nada mais me resta a  fazer neste mundo".  Caiu em uma doença grave e morreu, tendo alcançado a  idade de 56 anos;

               Antes de falecer em Ostia Tiberina – porto de Roma, a mesma em sua sabedoria, relatou ao filho não ter a necessidade de levar o corpo da mesma para ser velado e enterrado em sua cidade natal, mas poderia ali mesmo depositá-la, pois no dia da vinda de Cristo, Ele em sua onisciência a encontraria ali para levá-la junto com Ele;

               O Papa  Alexandre III colocou o  nome de Santa Mônica entre Santos da  Igreja Católica. Sob o pontificado de Martinho V (1430) foi o  corpo de Santa Mônica transportado para  Roma e  depositado na Igreja de Santo Agostinho.

              Realmente, existia algo pelo qual eu desejava permanecer um pouco mais nessa vida; era que eu pudesse ver você como um cristão antes de morrer. O meu Deus cumpriu este desejo mais que abundantemente, de tal forma que agora eu o vejo como seu servo e estimulado por toda felicidade terrena. Que mais tenho a fazer aqui?” Mônica (Conf. IX, 10, 26; LCC, 7.194)

           Realmente uma bela história de uma fervorosa mãe! Exemplar!

           Fonte: Livro “Os Pais da Igreja”, de Hans Von Campenhausen e site Wikipédia.





0 comentários: