Para ao menos lembrar o
dia das mães, não deixando passar essa data secular tão comemorada, lembro aqui
de uma mulher guerreira, uma mãe piedosa, que tanto cuidou, educou e orou pelo
seu filho, um filho polêmico, mas também uma pessoa extremamente inteligente,
um dos maiores teólogos e responsável por abordar assuntos essências da vida de
um cristão!
Confesso aos irmãos que
sempre que leio a história dessa mãe, me emociono! É uma grande história de
vida, cheia de esperança, perseverança e um imenso cuidado de uma mãe!
Mônica nasceu no ano de
332 e foi a mãe do nosso grande Agostinho, mas quem foi Agostinho?
Breve resumo[1]:
O mais profundo
filósofo da era patrística e um dos maiores gênios teológicos de todos os
tempos foi Santo Agostinho (354-430), cuja influência plasmou a Idade Média.
Como estudante, vivia
desregradamente. Contraiu uma ligação – que iria durar até 384, e da qual teve
um filho, Adeodato. Em 374, lendo o Hortensius, de Cícero, sentiu-se
atraído por uma vida menos sensual e mais dedicada à busca da verdade. Passou a
freqüentar as lições dos maniqueus, que lhe pareciam propor a autêntica forma
de cristianismo, em oposição à doutrina da Igreja, “uma história de velhas”.
De 375 a 383
estabeleceu-se em Cartago, como professor de eloqüência, e daí por diante
obteve exercer a mesma função do outro lado do mar, em Milão. Já o inquietavam
agora fortes dúvidas sobre a verdade do maniqueísmo.
Em Milão, travou
conhecimento com o neoplatonismo. Ao mesmo tempo ouvia regularmente os sermões
de santo Ambrosio, onde percebia um catolicismo mais sublime do que o
imaginado, e lia são Paulo. Um dia, julgando ouvir a voz de uma criança:
“Tolle, lege”, abriu ao acaso as Epístolas de são Paulo, que tinha ao lado e
passou a sentir que “todas as trevas da dúvida se dissipavam”. Fez-se batizar
no sábado santo de 387, com seu filho e com seu amigo Alípio.
Sobre Mônica
A Guerreira Mônica, mãe
de Agostinho, nascida em 331 d.C., em Tagaste, na África.
Encontramos as
seguintes curiosidades, entre elas, grandes qualidades de uma mãe:
Lutava sempre pela pureza da fé e
pela santidade de vida;
Grande foi a sua caridade para com os
pobres;
Sabendo que era difícil conservar-se na graça
de Deus, evitava os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas
e desprezava as exigências e extravagâncias da moda;
Os pais casaram-na com um cidadão
de Tagaste (sua cidade natal), na África, de nome Patrício, que era filho
de família ilustre, mas pobre, pagão e homem de sentimentos
rudes. O caráter indômito e violento do marido era para a esposa uma
fonte de sofrimentos e provações, as mais duras;
Longe de se queixar ou prestar
ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias no lar,
Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença. Deus
recompensou esta dedicação, tendo Mônica à satisfação de ver a conversão do
marido;
Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e
uma filha Perpétua, que se fez religiosa. O mais velho,
Agostinho, causou grandes amarguras à mãe, até que enfim,
pela conversão e completa mudança de vida, se lhe tornou uma
glória;
Mônica procurou acompanhar seu filho
problemático em sua jornada pela busca de conhecimento e teve o consolo
de ouvir de Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 Agostinho, o
filho dele Adeodato e o amigo Alípio receberam o Batismo;
Agostinho quando resolveu voltar com a mãe
para a África, chegando a Ostia, disse-lhe ela: "Vendo-te hoje
cristão, nada mais me resta a fazer neste mundo". Caiu em uma
doença grave e morreu, tendo alcançado a idade de 56 anos;
Antes de falecer em Ostia Tiberina – porto de
Roma, a mesma em sua sabedoria, relatou ao filho não ter a necessidade de levar
o corpo da mesma para ser velado e enterrado em sua cidade natal, mas poderia
ali mesmo depositá-la, pois no dia da vinda de Cristo, Ele em sua onisciência a
encontraria ali para levá-la junto com Ele;
O Papa Alexandre III colocou o
nome de Santa Mônica entre Santos da Igreja Católica. Sob o pontificado
de Martinho V (1430) foi o corpo de Santa Mônica transportado para
Roma e depositado na Igreja de Santo Agostinho.
Realmente, existia
algo pelo qual eu desejava permanecer um pouco mais nessa vida; era que eu
pudesse ver você como um cristão antes de morrer. O meu Deus cumpriu este
desejo mais que abundantemente, de tal forma que agora eu o vejo como seu servo
e estimulado por toda felicidade terrena. Que mais tenho a fazer aqui?” Mônica
(Conf. IX, 10, 26; LCC, 7.194)
Realmente uma bela história de
uma fervorosa mãe! Exemplar!
Fonte: Livro “Os Pais da Igreja”, de Hans Von
Campenhausen e site Wikipédia.
[1] Fonte: Monergismo http://www.monergismo.com/textos/sermoes/sermoes_agostinho.htm
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