31 de julho de 2013

Sobre caminhos e caminhadas

Este fim de semana tive a honra de estar presente num seminário de Jovens e Adolescentes cujo nome escolhido foi "The Way" e como subtítulo Qual o seu?.

Claro que como pensadores cristãos sabemos qual o nosso caminho, Ele mesmo disse que é o Caminho, a verdade a vida (Jo 14:6) e somente por meio dEle alcançaremos o céu, mas quantos são os caminhos de percorremos e percorreremos na nossa vida? Caminho profissional, emocional, ministerial, e tantos outros que dizem respeito à como vivemos nossos dias, e refletindo sobre esse assunto um texto me chamou a atenção nesses últimos dias.

Assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa com seus pés. A estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o Senhor. (Pv 19:2-3)

O primeiro passo de uma caminhada está diretamente ligado ao último, mas por algumas vezes em nossas escolhas ficamos tão ansiosos por chegar a algum lugar que nem observamos os primeiros passos que damos e o conselho de provérbios nos instrui ao contrário, saber exatamente aonde estamos indo e olhando para o final conseguimos traçar um caminho para chegarmos ao destino.

Outras vezes entramos em situações que desconhecemos pelo simples fato de sermos aceitos ou por ser um caminho comum, aquela festa de última hora para a qual fomos convidados, aquele encontro que não planejamos mas que foi planejado por alguém e nós concordamos em ir, assim como precisamos saber um destino para traçar um caminho, dar passos em direção ao desconhecido deve ser uma prática somente em direcionamentos específicos de Deus.

O segredo é não ser muito esperto, ou seja fazer tudo com paciência e perseverança, às vezes erramos pela ansiedade de ver resultados e por isso não ponderamos os degraus que nos separam do nosso objetivo, e dessa maneira pode ser que nos "vendamos a preço de banana",  parece ilógico, mas por quantas vezes aceitamos um jeitinho no trabalho para não perdermos o emprego, ou aceitamos a convivência com pessoas que tem uma conduta diferente da nossa pelo simples fato de que a proximidade deles possa nos beneficiar "encurtando" nossa jornada.

Sobre caminhos e caminhadas fala muito mais do que apenas sobre os caminhos que escolhemos percorrer, mas também sobre a forma como vamos percorrê-los, um passo de cada vez, cada um na velocidade que deve ser dado, que saibamos aproveitar com a direção de Deus cada instante dessa caminhada.

Em alguns caminhos da nossa vida estamos tão preocupados com o final do percurso que alcançá-lo as vezes é exaustivo pelo simples fato de não termos aproveitado todas as belezas que esse caminho tinha reservado para nós ou pelo fato de não termos nos preparado e o final ter sido mais adiante do que imaginávamos.

Deus te Abençoe

30 de julho de 2013

Será que eu já blasfemei contra o Espírito Santo???


O texto de Mateus 12.24-31 (cf. Marcos 3.28-29; Lucas 12.10) relata o caso de que os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo. A questão é: O que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo? 

Em rápidas palavras tentarei mostrar as três interpretações mais aderidas, e assim, com base bíblica, mostrar a mais coerente. 

A primeira interpretação e a mais famosa (sendo interpretada no sentido isolado), é de que, tal blasfêmia é atribuir uma maravilha de Deus (um feito) a uma obra do Diabo ou de Belzebu como diz o texto. E se olharmos o texto, passando os olhos rapidamente, dar-se entender que essa interpretação é a mais correta (Mateus 12.26-28). Mas, creio eu, que tal interpretação fará com que voltemos no tempo e faremos ressurgir uma doutrina que foi rechaçada da igreja que se chama subordinacionismo. subordinacionismo ensina que o Pai é o único Deus, o Filho e o Espírito Santo são criaturas subordinadas[1]. Ou seja, que não se deve prestar a mesma honra ao Pai assim como se dá ao Filho e ao Espírito Santo. Então, se seguirmos este raciocínio, de que, se pecarmos contra o Espírito Santo não teremos perdão mas se pecarmos contra o Pai e o Filho podemos obter a salvação, logo, tal interpretação é injusta pois declara que o Espirito Santo é maior do que o Pai e/ou o Filho, sendo que, a salvação é uma obra Trinitariana (Efésios 1.4-14; 1Pe 1.2-5). A palavra blasfêmia faz referência a uma injuria e/ou calunia. Em Marcos 3.21 é dito que os parentes de Jesus O tivera por louco, ou como mostra o sentido grego (existemi) pensaram que Ele estivesse enfeitiçado. Ou seja, de um modo ou de outro os Seus parentes blasfemaram, e ainda assim, temos relatos bíblicos dos irmãos de Jesus sendo chamados de irmãos (na fé) (Gálatas 1.19; Judas 1). 

A segunda é de que tal blasfêmia é uma rejeição da salvação oferecida pelo Espirito Santo. F. Davidson diz:

"Este pecado,[é] a rejeição propositada de Cristo e sua salvação é o único que, pela natureza, priva o homem da possibilidade de perdão... A explicação é que o Espírito Santo é quem oferece a salvação ao coração do homem."[2]

Essa interpretação leva consigo uma complicação. Se blasfemar é recusar a salvação, como explicar o caso do apóstolo Paulo que diz: ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade (1 Timóteo 1.13) (?). 

A terceira interpretação, e a mais coerente, quando olhamos para outros textos bíblicos, é de que, tal blasfêmia é uma apostasia. Apostasia tal, que acarreta uma série de evidências que os textos bíblicos mostram. O contexto da passagem não fala, somente, de uma incredulidade ou rejeição de Cristo. Os textos (Mateus 12.24-31; Marcos 3.28-29; Lucas 12.8-11) mostram que tal pessoa, que blasfema, tem o conhecimento de quem é Cristo e do poder do Espírito Santo, mostra uma rejeição deliberada dos fatos sobre Cristo[3]. Assim, como Hebreus 6.4-6 mostra, uma pessoa que teve um entendimento (photizo Hebreus 6.4), sentiram o sabor (geuomai Hebreus 6.4) e que estiveram em comunhão (metochos Hebreus 6.4) essas pessoas são impossíveis de serem perdoados. Calvino diz:

"...a razão pela qual a blasfêmia contra o Espírito supera outros pecados, não é que o Espírito é superior a Cristo, mas que aqueles que se rebelam, depois que o poder de Deus foi revelado, não pode ser dispensado sob a alegação de ignorância."[4]

Concluísse que os que blasfemam são aqueles que tiveram um pouco do conhecimento de Cristo, esses receberam muitos açoites (Lucas 12.28) pois queremde novo crucificar o Filho de Deus, e o expor ao vitupério. Estes são como a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; Mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. (Hebreus 6.7-8; cf. Mateus 13.3-23). 

[1] A doutrina da Trindade
[2] Comentário Bíblico F. Davidson 
[3] Grudem, Wayne A. Teologia Sistemática - São Paulo: Vida Nova. 1999. pg. 419
[4] Comentário Bíblico de João Calvino

23 de julho de 2013

O Que eu devo fazer para ser salvo???


Diante da pergunta: “O Que eu devo fazer para ser salvo?” A Bíblia responde: Crê no Senhor Jesus Cristo. Para a seguinte pergunta: O que significa crer no Senhor Jesus Cristo? a resposta é: Significa reconhecer-se como pecador, e que Cristo morreu pelos pecadores; abandonar toda a justiça própria e toda a autoconfiança, e lançar-se inteiramente em Seus braços para receber o perdão e a paz; significa trocar a inimizade natural e rebelião do homem contra Deus por um espírito de grata submissão à vontade de Cristo, através da renovação do próprio coração, por meio do Espírito Santo. 

E ainda diante desta outra pergunta: Como poderei arrepender-me e crer em Cristo, se não tenho a capacidade natural para fazer essas coisas? A Bíblia retruca: Olhe para Jesus Cristo, fale com Cristo, clame a Cristo, tal como você é; confesse o seu pecado, a sua impenitência, a sua incredulidade, e fique na dependência da Sua misericórdia, rogando-Lhe que lhe conceda um novo coração, que opere em você verdadeiro arrependimento e fé firme; peça-Lhe que retire o seu maldoso coração de incredulidade e que escreva em seu interior a Sua lei, a fim de que, dali em diante, você nunca mais se desvie dEle. 

Volte-se para Ele e confie nEle, de todo o seu coração, pedindo graça para voltar-se e confiar mais completamente. Use os meios de graça com toda a expectação, olhando para Cristo para que Ele se aproxime de você conforme você procura aproximar-se dEle. E também vigie, ore, leia e ouça a Palavra de Deus, adore-O e tenha comunhão com o Seu povo, e assim prossiga até que você tenha a certeza, sem qualquer sombra de dúvida, de que realmente você é um ser transformado, um crente arrependido, e que o novo coração que você almeja já lhe foi outorgado. A ênfase desse conselho recai sobre a necessidade de invocar a Cristo diretamente, a cada passo que tiver de ser dado.


Portanto, não adie sua busca até pensar que está em melhores condições, mas confesse honestamente a sua pecaminosidade, e entregue-se agora mesmo a Cristo, o Único que pode torná-lo uma nova criatura. Espere nEle até que a Sua luz raie em sua alma, conforme as Escrituras prometem que sucederá. Qualquer coisa que envolva menos do que essa maneira direta de tratar com Cristo é uma desobediência ao evangelho. Esse é o exercício do espírito para o qual as Sagradas Escrituras convocam os seus ouvintes. "Creio. Ajuda-me na minha incredulidade", deve ser o grito da alma dos pecadores!!! 

20 de julho de 2013

16 de julho de 2013

12 de julho de 2013

10 de julho de 2013

9 de julho de 2013

7 de julho de 2013

Salvação, mérito ou graça???


Todas as religiões do mundo interpretam a questão da salvação apenas de dois modos: o homem é salvo pelas obras ou pela graça. Mesmo aqueles que adotam um meio-termo, o sinergismo (onde Deus faz uma parte e o homem outra), não conseguem escapar do propósito de buscar a salvação pelo merecimento. Na verdade, esses dois métodos não caminham juntos. São mutuamente excludentes. Se a salvação é pelas obras, não pode ser pela graça. Dentre todas as religiões, somente o Cristianismo ensina que a salvação é pela graça e não pelas obras. A salvação é concedida por Deus gratuitamente e não alcançada por méritos humanos. A salvação é resultado do sacrifício que Cristo fez por nós na cruz e não daquilo que fazemos para Deus.

2 de julho de 2013