A bíblia relata a história de um homem chamado "Eúde" (Jz 3:13-30), a passagem que menciona seu nome é curta perto de alguns grandes nomes, no entanto nos ensina alguns princípios para ter nosso nome marcado na história.
O livro de Juízes relata uma sequência de fatos que acontecem de forma cíclica: O povo se afasta da presença de Deus, começa a sofrer as consequências dessa escolha; O povo pede socorro a Deus, e Deus manda o juiz; O povo se reaproxima de Deus, enquanto o líder é vivo; O líder morre o povo se afasta da presença de Deus, mas quando Deus deu os mandamentos, disse a Moisés e ao povo para cumprir o que tinha ordenado, disse o mesmo a Josué e Josué repetiu ao povo, mas na história de um modo geral a gente tende a esquecer daquilo que a gente se afasta.
E foi num desses ciclos que Deus levantou Eúde, o povo estava escravizado e subjugado pelos Eglomitas, mas uma das coisas que me chamou a atenção é que esse rapaz era canhoto (Jz 3:15), de acordo com o que se esperava para um libertador essa característica fazia dele um IMPROVÁVEL, ou seja uma pessoa que não tinha as características lógicas para libertar o povo, mas Deus é especialista nisso, basta acompanhar suas escolhas (1 Co 1:25-29) e tinha como propósito nos ensinar que para fazer algo significativo não é necessário ter o que os olhos humanos esperam de você.
Mas continuando a história Eúde fez algo que naturalmente não seria capaz de fazer (Jz 3:16-23), e o que me chama atenção nos improváveis é que eles precisam acreditar em si mesmos e por isso começam a realizar o que os outros consideram IMPOSSÍVEL, o nosso personagem faz uma ferramenta para si e a coloca sob a perna direita, e no seu ato de coragem utiliza da sua "deficiência" para cumprir seu propósito, e acreditar em si mesmo nos leva a buscar uma referência dentro porque fora não temos. O mais interessante é que esse buscar dentro desenvolve a fé e Jesus nos disse que a fé nos leva a fazer o impossível (Mt 17:20) e essa fé que os improváveis desenvolvem tem um segredo na sua origem.
Chegando ao final da história do nosso personagem ele nos ensina que apesar de ser improvável e fazer o impossível sem a nossa IDENTIDADE original (Jz 3:28) isso não é possível. Deus nos escolheu (Rm 8:29) e fez de cada um de nós representantes de Si mesmo (Cl 3:12-14) mas com o tempo nós vamos perdendo a originalidade de ser Imagem e Semelhança de Deus e vamos os adaptando ao mundo numa tentativa de "ser aceito", no entanto esse não é o propósito de Deus.
Graças ao seu amor INCONDICIONAL ele nos escolheu para marcar nossa geração mas depende de nós o empenho de conhecer o propósito de Deus na nossa vida a fim de que ninguém nos "despreze" pelo fato de sermos jovens (1 Tm 4:11-16) e quando soubermos exatamente o que Deus confia que eu sou capaz de fazer, certamente vou marcar minha geração e por tabela a história.
Deus te escolheu para fazer a diferença não pelo muito falar mas pelo muito ser, busque preencher o vazio que só a presença de Deus completa em você e a partir de então as pessoas vão ver em você a peça chave que preencherá o vazio que elas sentem e apesar de não saber o que é elas sabem que precisam...
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