16 de novembro de 2011

Eu continuo ...

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Eu continuo, avanço e não me silencio diante dos gritos dos maus, enquanto os bons se calam e recuam.
A violência ganhou destaque no início da humanidade e o primeiro homicídio de história é registrado e é familiar.
Irmão mata irmão e só prosseguiu o regresso sem progresso nenhum, e hoje não é diferente.
Violentamente a violência invade os corações sem dó e com muita dor.

Eu continuo, participando da louca maratona diária em busca do justo, não do lucro e ganho que cansa o
físico, abate o espírito, esquenta a mente, esfria o coração.
Até chegar na linha de chegada e subir num podium pra ter o troféu da aparente vitória.

Pessoas realizam o sonho da casa própria e vivem o pesadelo de não terem o próprio lar.
O homem até tem a sua mulher, mais não tem a sua esposa e vice versa.
Tem vitórias financeiras e derrotas na saúde e família.


Eu continuo, dizendo o que não querem escutar, e mesmo se fazendo de surdos ouvem de mim, dependência ou morte!
O bombardeio da sensualidade, pornografia e prostituição foi tão forte que atingiu o de menor ou melhor, pior, a criança que do colo da própria mãe foi entregue a podridão oculta.

Eu continuo, e denuncio o lixo do crime organizado que desorganiza a sociedade e destrói a estrutura das
famílias e pais que em lágrimas sepultam seus jovens filhos que se alistaram no exército do horror.
A justiça injusta pune o justo, absolve o injusto, a policia é quem assalta e não prende ela mesma.

A paz tá falecida, a verdade é distorcido,  e a torcida organizada e uniformizada aplaude de pé o triunfo dos mundanos  imundos do mundo.
Púlpitos corruptos, súditos do vilão da escuridão pervertem e invertem a caminhada em direção a luz e
tentam apagar o que ainda permanece aceso.

Dia a dia o caráter do homem é deformado por ele mesmo e não há ferramenta humana que conserte o defeito.
Desde o Éden os passos do homem se perdem diante de um caminho que é reto, plano e pra cima.

Eu continuo, não golpeando o ar, lutando em vão, correndo em círculo, gritando ao léu.
Sendo flecha que o Arqueiro lança pra acertar alvos vivos, reféns da morte, corações de ferro que pulsão
óleo, mentes povoadas por cifrões, pelo poder, ser e ter.
Mas talvez um dia olhos que já viram quase tudo vão querer ver o invisível, ouvidos ouvir o inaudível, corações sentirem o insensível alcançar o inalcançável e poderem o impossível.
E que essa hora chegue cedo pra poucos e não tarde pra muitos, mesmo sendo pra todos.
No ringue mundo se eu não lutar com as armas com os padrões do alto, aqui em baixo eu morro no primeiro
round nocauteado.
Luto com um adversário forte que às vezes tenta me derrubar com golpes internos, mais persevero, me
esquivo e às vezes me venço.

Eu continuo, abraço a causa de um Herói que por mim venceu a morte morrendo sem matar ninguém, que na verdade vive, sempre viveu e viverá sempre.
A Vida através de mim clama com voz de amor; Eu Vim para que vivam e não pouco.
Mais, atraídos por aquele que rouba, mata e destrói são tragados como fumaça.
Se ouve em todo lugar; Eu sou o Caminho, mais se perdem nos atalhos desse mundo.
Há verdade, mais a mentira os convencem.
Há vida mais a morte os matam.

Mais eu continuo, recusando o que aceitam, correndo contra o tempo, na contramão do trânsito, contra
golpeando eu luto até o fim.
Perseverando em dizer; NÃO na terra do SIM, até o fim...

(Rap Sensation - Eu continuo)

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