8 de março de 2012

Quem é Jesus, e o que Ele representa para você?


Jesus ao passar dos anos, tem sido apreendido por muitos de forma muito significativa, tentando-o enquadra-lo em um “mundinho”, orbitando sua grandeza e o que ELE realmente é. No mínimo, esses que dizem “conhecer” a Jesus e o enquadram de maneira inerente, nem sabem quem de fato é Jesus.

Jesus, o Judeu.
De Maria, Jesus aprendeu que Deus logo há de vir para julgar e transformar este mundo. Temos que contar com Deus. Ele atua nas pessoas. Não é apenas um observador de fora. Ele intervém neste mundo. De José, Jesus aprendeu a interpretar os mandamentos de Deus com misericórdia. Tudo quanto Deus nos oferece serve para vivermos retamente e para podermos nos entender uns com os outros, surgindo daí uma boa convivência mútua. "Para nós, da comunidade judaica alguém que afirma que Jesus é seu salvador já não é um judeu e sim um apóstata" Quando você vê Jesus dentro da tradição judaica, como rabino, sua relação com ele se modifica?

Jesus, aquele que rejeita poder.
Jesus não tinha qualquer ambição de subir na hierarquia do judaísmo da época, nem como rabino fariseu, nem como doutor da lei, nem como sacerdote. Para Mateus, é precisamente a morte de Jesus na cruz o sinal de que ele renuncia ao poder e à violência. (Mt 26, 52-53). Jesus se recusa a fundar uma organização da qual ele seja o líder. Segue seu caminho, o caminho da pregação e da cura. Jesus resiste a todas essas tentações. Talvez ele exerça tanto poder sobre as pessoas que o seguiram ao longo dos séculos justamente por haver renunciado ao poder. Jesus exerce um poder interior que fascina as pessoas. Você faz o jogo do poder, tentando manipular os outros, forçando-os a seguir suas idéias?

Jesus, o amigo das mulheres.
Todos os evangelhos dizem que foram exatamente as mulheres que permaneceram junto à cruz de Jesus. A Igreja, infelizmente, não extraiu disso as lições que devia. Por muito tempo foram apenas os homens que interpretaram a mensagem de Jesus. A ligação mais profunda de Jesus com uma mulher é sua amizade com Maria Madalena. Dela, ele expulsou sete demônios. A ele, ela deve a vida. Com a morte de Jesus, o mundo para ela desmorona, mas seu amor por ele vai além da morte. Como é que você mulher, sente sua relação com Jesus? O que é que a você, como homem, chama a atenção na amizade de Jesus para com as mulheres?

Jesus, aquele que sabe ser amigo.
Jesus, obviamente, não só sabia fazer amigos, mas fez ainda com que as numerosas pessoas que o seguiam se tornassem amigas uma das outras. Jesus não tratou os discípulos como servos, mas sim como amigos. Compartilhou com eles seus pensamentos mais íntimos. Para Jesus, o segredo da amizade consiste em dar a vida pelos seus amigos. O que você dá para seus amigos? Só coisas exteriores? Ou um pedaço de você, seu coração, seu amor, sua vida?


Jesus, aquele que provoca divisão.
Se alguém divide um grupo, ele próprio está interiormente dividido. Aquele que estiver reconciliado consigo mesmo também será capaz de levar reconciliação para os outros. Jesus não desafia à separação e à divisão. Mas nele os espíritos se dividem porque ele não é acomodado. Quando Jesus fala, alguns se decidem a favor e outros contra. Para Jesus é importante que cada um se decida por si. Jesus não divide por estar dividido em sim mesmo, apenas revela a divisão que existe nas pessoas. Só quando eu puder me firmar sobre meus próprios pés é que poderei verdadeiramente comungar com meus semelhantes. Jesus quer pessoas maduras e independentes convivendo umas com as outras. Mas isso requer antes a divisão, o distanciamento, a demarcação. Só por esse caminho é que se torna possível uma convivência frutífera. Você sabe impor limites? Ou prefere ficar com raiva das pessoas que depositam expectativas em você?

Jesus, o reconciliador.
Jesus me convida a ver exatamente onde está a minha participação no conflito. Em meu caminho, devo me reconciliar com meu adversário interior. Preciso tentar aceitar meu lado sombrio, que eu desejaria eliminar. Jesus não classifica as pessoas como boas ou más. Nos bons ele vê o perigo do mal, e nos maus o desejo do bem. Para mim, o mais difícil é odiar o inimigo. Pois, com isso, meu próprio estado de ânimo e meu comportamento passam a ser determinados por ele. Para mim, amar o inimigo significa liberdade. Quando Jesus exige que amemos nosso inimigo, ele quer que deixemos de lado o velho pensamento em preto e branco e nos convoca aos novos caminhos da paz e da reconciliação.

Jesus, aquele que chora. (Jo 11, 33-36)
Jesus chora pela morte de Lázaro. São lágrimas de tristeza pelo amigo falecido e lágrimas de compaixão pelas irmãs desse amigo. São lágrimas que manifestam seu amor a Lázaro. Jesus não esconde seus sentimentos. Ele é inteiramente homem. Suas lágrimas não são apenas de compaixão, mas também de impotência e de desgosto. Jesus não se fecha à situação. Envolve-se inteiramente. Jesus chorando o convida a aceitar suas lágrimas e a confiar nelas. As lágrimas o conduzirão, através da tristeza, para uma nova vida.  

Jesus, o filho de Deus (Lc 22, 70-71) (Mt 26,25)
Ainda hoje muitos vêem em Jesus uma pessoa fascinante, fundadora de uma religião. Mas a maioria acha difícil entende Jesus como Filho de Deus. Em Jesus, Deus assumiu tudo quanto é humano. Ele aceitou o nascimento e a morte, a alegria e o sofrimento, as trevas e a luz, e assim tudo foi redimido. Em Jesus, deus não assumiu nenhum ser-homem ideal e perfeito, mas sim esta nossa humanidade, com suas forças e fraquezas, com seus riscos e abismos, com sua condição passageira e mortal. Jesus, o Verbo encarnado de Deus, é a promessa de que também em mim a Palavra de Deus se faz carne. Então eu serei homem por inteiro e, ao mesmo tempo, também filho de Deus. Que você acha da idéia de Jesus ser filho de Deus? Como é que você entende Jesus? Você considera realmente uma boa-nova o fato de Jesus ser o Filho de Deus? Saber que tudo o que é humano em você foi por ele assumido e remido é realmente uma boa notícia? 

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